Fabrica Paraguassú (Companhia Progresso Industrial da Bahia)

Vista da fachada principal do conjunto a partir da Av. Caminho de Areia. Fonte: Aline de Carvalho (2011)
Implantação: O conjunto composto de alguns edfícios foi implantado num lote pentagonal, localizado na Avenida Porto Mastros. No seu entorno, a maioria das edificações são construções residenciais.
Ocupação: O conjunto ocupa todo o lote no qual está inserido. No AHMS foram encontrados diversos projetos para a Fábrica Paraguassú, sendo o primeiro do ano de 1909, para reformar o edifício, adaptando a antiga Fábrica de Ferro Esmaltado para receber a montagem das máquinas de uma fábrica de tecidos e levantar os muros. Em 1926, já em posse da Companhia Progresso Industrial da Bahia, a fábrica Paraguassú teve aprovado o projeto para construção de novas dependências. Em 1939, em posse da Companhia Progresso e União Fabril da Bahia S/A. (após a fusão da Companhia Progresso Industrial da Bahia com a União Fabril da Bahia), a fábrica teve aprovado o projeto para a construção de uma chaminé (no projeto também são encontrados os cálculos para a construção). Do mesmo ano é o projeto para a ampliação de um depósito de fazendas. O último projeto é do ano de 1940, para a construção de um muro.
Quantidade de pavimentos: 1 a 2
Cobertura: O conjunto deve ter passado por reformas e ampliações posteriores, já que todos os projetos mostram apenas telhados em duas águas e hoje os dois blocos principais do edifício, voltados para o Largo do Papagaio, apresentam cobertura em abóbada. A maioria dos edifícios intramuros ainda apresentam telhados em duas águas, um deles com lanternim. Os dois blocos com cobertura abobadada apresentam cobertura em duas águas na parte central, que se projeta à cobertura abobadada, como lanternins (aparentemente os galpões englobaram edifícios preexistentes).
Esquadrias: As janelas da fachada principal são dispostas duas a duas. Um portão foi parcialmente fechado com tijolos aparentes.
Estilo arquitetônico/Elementos decorativos: A edificação apresenta uma arquitetura simples, funcional e com ausência de ornamentos. As fachadas encontram-se escurecidas e com alguns sinais de perda de material. Toda a base da fachada apresenta grafites. Não se pode afirmar sobre os edifícios no interior do conjunto.
A primeira referência sobre este edifício é do ano de 1892, quando era ocupado pela fábrica da Companhia de Ferro Esmaltado, localizada no Largo do Papagaio. Calmon (1979) faz um inventário das casas comerciais e da indústria daquele ano na Bahia. A Companhia de Ferro Esmaltado ocupou o edifício que era, anteriormente, ocupado por uma Enróla de fumo, ou seja, por uma casa em que se preparavam cordas de fumo embebidas em mel e colocadas em bolsas de couro, chamadas de pixiá, ou em barris, recebendo o nome de mangóte. Estes produtos eram exportados para a Costa da África. Antes de ser ocupado pela Enróla de fumo este edifício abrigou o Alambique de Vital de Oliva (CARVALHO, 1915). Não foram encontrados os períodos em que cada uma dessas fábricas ocupou o edifício.
A FAGIP utiliza matérias primas como algodão, poliéster (inclusive fibra reciclada) para a produção de fios, e na sua tecelagem, tendo como produtos finais gazes de algodão e telas industriais têxteis de diferentes especificações, as quais são beneficiadas pelos seus clientes, alguns direcionados para a área médica hospitalar, outros automobilística, de calçados, de plastificação, de móveis e gráficos. Os resíduos da sua produção são o trapo de tela, a sottocarda e o trapo de gaze (http://ciaprogresso.com.br/textil.cfm).
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Implantação da edificação. Fonte: Google Earth (2012)
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Vista da fachada principal do edifício a partir do Largo do Papagaio. Fonte: Aline de Carvalho (2011)
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Vista da fachada principal do conjunto a partir da Av. Caminho de Areia. Fonte: Aline de Carvalho (2011)
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Vista da entrada do conjunto a partir da Av. Porto dos Mastros. Fonte: Aline de Carvalho (2011)
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Vista do muro do conjunto a partir do Largo do Papagaio. Fonte: Aline de Carvalho (2011)